Tudo sobre a Chapada dos Veadeiros, em Goiás – parte I

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Cânion da Almécegas 1000, na Catarata dos Couros

Acabo de voltar da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, totalmente in love. Quem gosta de valorizar só as belezas gringas não sabe o que está perdendo. As paisagens são incríveis e as cachoeiras, maravilhosas. Porém, se você é MUITO preguiçoso e não tão chegado a natureza, desista. Tudo se resume a trilhas. Eu sou sedentária, mas consegui fazer tudo de boa. Por isso, recomendo o passeio. Neste primeiro post, vou dar uma visão geral da viagem e detalhar o primeiro dia.

Para chegar lá, basta pegar um voo até Brasília e depois alugar um carro. Na locadora Movidas, paguei R$ 486 pelo período de 10 a 17 de junho. Primeiro, fui a Alto Paraíso, que fica a cerca de três horas de distância de Brasília. No dia 13, migrei para outra cidade, São Jorge, que se localiza a, aproximadamente, 25 minutos de Alto Paraíso. As estradas estão em boas condições, não se preocupe com isso. Dizem que os melhores meses para visita são abril, maio, junho, julho, agosto e setembro, principalmente julho. Em junho o clima estava ótimo. Muito sol durante o dia e friozinho à noite.

Minha programação foi a seguinte:

Dia 1 – Catarata dos Couros e Vale da Lua (hospedada em Alto Paraíso)

Dia 2 – Almécegas I e II, São Bento e Loquinhas

Dia 3 – Cachoeiras Santa Bárbara e Capivara

Dia 4 – Raizama e águas termais (hospedada em São Jorge)

Dia 5 – Saltos

Dia 6 – Cachoeira do Segredo

As pessoas costumam dividir a hospedagem entre as duas cidades porque as atrações são mais próximas de uma ou de outra. É melhor fazer as trilhas Catarata dos Couros, Almécegas, São Bento, Loquinhas, Santa Bárbara e Capivara quando estiver em Alto Paraíso. Já Vale da Lua, Raizama, águas termais, Saltos e Segredo estão perto de São Jorge.

Catarata dos Couros:

Para ir à Catarata dos Couros é obrigatório contratar um guia. Eu descobri o River Mello pelo Instagram (@river_mello) e não poderia ter feito melhor escolha. Ele sabe TUDO sobre a Chapada, é muito simpático e zero inconveniente. Pelo contrário. Sempre solícito, ajuda quem tem dificuldade na caminhada (eu! rs) e tira quantas fotos você pedir. A diária dele custa R$ 150. Para Santa Bárbara, por ser mais distante, sai a R$ 180.

Ele marcou às 9h no mercado Barreto, bem na entrada de Alto Paraíso, onde há uma construção em forma de disco voador. Quando eu e meu namorado chegamos, havia outros quatro casais. Cada dupla pagou R$ 80 pela ida a Couros e ao Vale da Lua (saiu bem mais caro que o total de R$ 150, mas acredito que tenha sido pelo cuidado que ele teria que dispensar a uma quantidade grande de pessoas e também por serem dois tours). E sim, o vale fica mais próximo de São Jorge, como eu disse antes. Contudo, o River conhece uns cantos bem interessantes lá e, por isso, optamos por fazer esse passeio com ele também. Se você quiser economizar, pode ir ao vale por conta própria, mas acredito que não aproveitará tão bem. Ah, e só dá para fechar com o River se for partir de Alto Paraíso, pois ele mora lá.

Até a catarata, são 55km: cerca de 20 minutos em estrada asfaltada e outros 40, mais ou menos, em estrada de terra. Recomendo ir com um motorista experiente, pois às vezes surgem uns buracos meio chatinhos e umas subidas mais complicadas. E acho bastante arriscado fazer essa trip sem veículo próprio. Não sei se há uma boa oferta de tours que disponibilizam o transporte. Eu, pelo menos, não vi anúncios desse tipo. Outra dica: lembre-se de que você chegará à cidade com pouco combustível depois de três horas de viagem de Brasília. Abasteça no posto Vale da Lua, na entrada de Alto Paraíso, pois será difícil encontrar outro lugar depois.

Para entrar na trilha da catarata é preciso pagar R$ 5 por pessoa. São 4km ida e volta, mas a caminhada não é tão moleza. São muitas subidas e descidas em pedras. Em certos momentos, é necessário escalar. Claro que aqueles que estão acostumados a isso acharão bem tranquilo. Não foi o meu caso. Apesar disso, não é um trajeto exaustivo. Dá para fazer sem grandes estresses.

Durante o passeio, passamos pelas cachoeiras Muralha e Franjinha e paramos na Almécegas 1000, a mais distante da trilha. Lá tem uma parte bem tranquila para relaxar e tomar banho. Os mais corajosos podem saltar de dez metros de altura deste ponto e nadar até um cânion. Os outros pulam de uma altura de três metros e também nadam até lá. É bem lindo, gente. Após uma hora de parada, voltamos a andar e passamos um tempo na Muralha. Não dá para descrever a beleza dos lugares tão bem. É melhor olhar as fotos 🙂

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Salto de dez metros
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Almécegas 1000 – Parte tranquila para banho
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Muralha
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Pausa para fotos durante o passeio
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Franjinha

Vale da Lua:

Por volta das 15h30, partimos para o Vale da Lua, cuja entrada custa R$ 20 por pessoa. Foram cerca de 15 minutos de carro até lá. A trilha tem 2km (ida e volta) e, mais uma vez, descidas e subidas em pedras. Mas nada impossível. River nos levou por um trecho proibidão e conseguimos acessar uma hidromassagem natural. É demais!

Nos próximos posts, conto mais sobre os passeios!

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Vale da Lua

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